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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Psicoterapias em diálogo

No dia 01 de novembro, recebemos a visita da psicóloga Cristina Lessa Horta, mestre em Psicologia, para fazer a divulgação do curso que está sendo oferecido em pareceria com a SPRGS.  Na reunião ela ressaltou que a ideia de realizar este curso surgiu através da fala do NESP no evento em comemoração ao Dia do Psicólogo. Neste dia, as acadêmicas Ana e Lisiane falaram sobre a importância de ter um espaço onde um caso clínico pudesse ser discutido através das diferentes teorias. Considerando este pedido dos estudantes, o curso foi elaborado em parceria com a Prontamente Clínica de Psiquiatria e Psicoterapia, o curso Psicoterapias em Diálogo, coordenado pela psicóloga e sócia da SPRGS, Cristina Lessa Horta. 

Psicoterapias em Diálogo

O objetivo do curso é proporcionar o estudo teórico prático da psicoterapia, a partir de um diálogo entre as abordagens psicanalítica, cognitivo comportamental, sistêmica e biológica. Trata-se de um curso teórico prático, com discussão de situações clínicas, que se propõe ao encontro das convergências entre as abordagens psicanalítica, cognitivo comportamental, sistêmica e biológica. Os modelos integradores representam alternativa contemporânea tanto para uso em clínica privada quanto nos serviços de saúde do SUS. 
Além de Cristina Lessa Horta, mestre em Psicologia, fazem parte do corpo docente do curso a mestre em Psicologia Viviane Samoel Rodrigues e o Doutor Rogério Lessa Horta. 

As inscrições estão sendo feitas na sede da SPRGS e o curso acontecerá na sede da Prontamente Clínica de Psiquiatria e Psicoterapia (Rua Des. Esperidião de Lima Medeiros, 145 – Três Figueiras – Porto Alegre - Fone: 3326.1097). O curso acontece às quintas-feiras, entre 10 de novembro e 08 de dezembro de 2011, das 19h às 22h.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Parceria entre CRPRS e NESP

No dia 21 de outubro a Comissão de Formação do CRPRS promoveu um debate entre profissionais, professores e estudantes com o tema: “Ética e Avaliação Psicológica”. 
Aspectos da formação dos psicólogos estiveram na pauta, juntamente com a utilização privativa dos testes por psicólogos e a ética na aplicação de instrumentos de avaliação psicológica – principal causa de denúncias aos Conselhos de Psicologia. 
Além de palestras, o evento trouxe discussões de casos em grupos e posterior debate em plenário, o que foi enriquecido pela presença de diversos representantes de instituições de ensino da região metropolitana e do interior do estado.
O NESP fez-se presente através dos coordenadores Ana e Diogo que defenderam uma maior participação dos acadêmicos de psicologia nas discussões do Conselho, sendo convidados a participar das reuniões da Comissão de Formação.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Eleito novo Vice-Coordenador do NESP

E o NESP segue com novidades...

No primeiro momento, gostaria de comunicar o pedido de saída da nossa colega Luciane Xavier Branco, que até o momento ocupava a atribuição de Vice-Coordenadora do NESP. Tendo em vista a participação do Núcleo em diferentes projetos e atividades e sua representabilidade, julgamos necessário a substituição imediata deste cargo, a partir do dia 25 de outubro ficou legitimado que Diogo Kepler, acadêmico da UFCSPA, cumprirá com esta função. A sugestão foi feita pela nossa Diretora do Exercício Profissional, Viviane Pickering e, a votação aconteceu durante a reunião deste mesmo dia. Parabéns Diogo!!!

Notícias NESP

É tempo de mudança e bons ventos sopram a favor do NESP. Desde a posse da nova diretoria, o núcleo participou de várias atividades e tem novos projetos em andamento. 

Em agosto, realizamos uma roda de conversas com os ex-presidentes da Sociedade, em comemoração ao dia do Psicólogo, e dialogamos com o Sr. Francisco Pedro, sócio fundador, que destacou a importância dos trabalhos sociais, idéia que encontra ampla ressonância no Núcleo.

Nesse sentido, já realizamos uma ação de orientação educacional, na Escola Don Luis Guanella com os colegas Lisiane Cardarelli e Diogo Kleper, distribuídas em 4 encontros. 



Também, com o objetivo de desenvolver um projeto de intervenções psicossociais, iniciamos, no Lar de Idosos D.L.Guanella, visitas para coleta de histórias e experiências de vida. 


Muitos alunos têm se interessado por nossa movimentação e recebemos duas visitas orientadas de turmas de estágio do IPA e da ULBRA, que vieram conhecer a estrutura da Sociedade, o funcionamento e os projetos do NESP.



Temos ainda muitas idéias a concretizar, para propiciamos um pouco de conforto ao outro e precisamos de parceiros interessados em fazer a diferença. Se você estudante, compartilha desse interesse, venha somar forças nessa caminhada rumo ao conhecimento!

Turma de Estágio Básico I ULBRA Canoas
Prof.: Gisele Elgues

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Psicologia: uma Profissão com 50 Anos de História no Brasil

No ano de 2012, completa 50 anos a Lei nº 4.119/62, que regulamenta e dispõe sobre a Profissão de Psicólogo no território brasileiro. 
Somos 240 mil Psicólogos (as), 15 mil no Rio Grande do Sul, com formação universitária mínima de 5 anos e especialidades nas áreas de Psicologia Clínica, Social, Escolar/Educacional, Organizacional e do Trabalho, do Trânsito, Jurídica, do Esporte, Hospitalar, Psicopedagogia, Psicomotricidade e Neuropsicologia. 
Em todos os espaços onde atuam, os Psicólogos (as) utilizam-se de métodos e técnicas reconhecidas, para o diagnóstico e tratamento de situações que produzem sofrimento psíquico em contextos individuais, grupais e/ou institucionais, e na promoção da saúde mental, valorizando o compartilhamento de saberes entre as diferentes áreas do conhecimento na busca da integralidade do cuidado. 

Vera Pasini - CRPRS
Leonardo Della Pasqua - SPRGS
Maria Rosane Q. Lerípio - SIPERGS

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Inspeção Nacional


Inspeção nacional realizada em 69 instituições de internação para usuários de drogas.

Ao longo dessa quarta-feira, 28, foram vistoriadas por psicólogos e defensores de direitos humanos 69 instituições de internação para usuários de drogas, em 24 estados brasileiros. Algumas ações ainda estão em curso. O total, portanto, ainda pode aumentar.

Foram presenciadas graves violações de direitos humanos. Cerca de 200 pessoas participam das atividades - psicólogos, assistentes sociais, médicos, militantes de direitos humanos e do movimento antimanicomial, inclusive usuários dos serviços de saúde mental. Esta é a 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos: locais de internação para usuários de drogas.

Os resultados analisados serão apresentados com o relatório final da inspeção, com previsão para ser publicado em novembro de 2011.

O objetivo é levantar a situação do atendimento às pessoas que apresentam problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas, para identificar os abusos, maus tratos e violações de direitos humanos. A preocupação é que não se tornem espaço de segregação, como os manicômios. A inspeção busca também saber se os locais seguem padrões de tratamento de acordo com os princípios éticos e técnicos da Psicologia.

A inspeção é uma ação conjunta das Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia (CNDH). A Coordenação Geral desta inspeção cabe à Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP. Essa é a quarta inspeção realizada pelos Conselhos Federal, Regionais e pela CNDH – a primeira, intitulada Inspeção Nacional de Unidades Psiquiátricas em Prol dos Direitos Humanos, foi realizada simultaneamente em 16 estados brasileiros e no Distrito Federal, no dia 22 de julho de 2004; a segunda intitulada, Um retrato das unidades de internação de adolescentes em conflito com a lei, foi realizada em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal, no dia 15 de março de 2006, e a terceira, intitulada Inspeção a Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), foi realizada em conjunto com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal, entre setembro e outubro de 2007. Os Conselhos avaliam que as inspeções são mecanismos importantes para ampliar, na sociedade, a discussão sobre direitos humanos de pacientes de saúde mental e usuários de álcool e outras drogas, trazendo o debate para o campo dos Direitos Humanos.

Histórico

O Observatório de Saúde Mental e Direitos Humanos tem recebido denúncias de maus tratos em clínicas e hospitais psiquiátricos e de tratamento de usuários de álcool e outras drogas. Na segunda-feira (26), o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona, entregou à representante do Brasil no Subcomitê para Prevenção da Tortura da ONU, Margarida Pressburger, documento que reúne todas as denúncias.A inspeção é coordenada pela Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia.



Senado debate Ato Médico

Uma audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) debateu, nesta quinta-feira (29), com representantes de diversas profissões da saúde o chamado PL do Ato Médico (PLS nº 268/2002 – PLC 7.703/2006).

O presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona, defendeu, em sua fala, a manutenção do trabalho multiprofissional na saúde. “Para nós a preocupação com o projeto é que ele traz em sua essência o vírus que mata o que tem sido construído ao longo da história da saúde no Brasil, ele acaba com a solidariedade que é tão necessária entre os profissionais da saúde”, disse.
Ele destacou ainda a importância de haver troca entre os diversos profissionais da saúde em prol do melhor atendimento ao cidadão. “O problema central que nos faz estar unidos nesta luta, é que o projeto ainda não tirou do seu conteúdo os pontos que ferem a possibilidade de atendimento integral ao cidadão”, pontuou.

O relator do projeto, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), adiantou durante a audiência, que o projeto que veio da Câmara não será o final. “Não irei apresentar nenhum relatório enquanto não conseguir convencer a todos de que seja a melhor solução”, disse. E completou “Eu, como cidadão, preciso do psicólogo, do farmacêutico, do médico, enfim, de todos os profissionais. Vamos fazer o máximo para que trilhemos o caminho da harmonia”, comprometeu-se.

Os farmacêuticos disseram ser a favor da regulamentação da medicina, mas defenderam o direito da sociedade ter uma saúde integral.
O retrocesso trazido pelo projeto do Ato Médico, bem como a necessidade de diálogo para que todos os lados sejam ouvidos e coloquem suas posições, foram pontos tratados nas falas dos representantes de diferentes áreas da saúde.

O senador José Pimentel (PT-CE) dirigiu os trabalhos da audiência. O tema foi proposto por requerimento dos senadores Randolpe Rodrigues (PSOL-AP) e Inácio Arruda (PCdoB-CE).

De acordo com a agência Senado foram convidados para a audiência: Roberto Luiz D'Avila, do Conselho Federal de Medicina (CFM); Roberto Mattar Cepeda, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional; Manoel Carlos Neri da Silva, do Conselho Federal de Enfermagem; Jaldo de Souza Santos, do Conselho Federal de Farmácia; Rosane Maria Nascimento da Silva, do Conselho Federal de Nutricionistas; José Lião de Almeida, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde; Ivan Rogério Freitas Sciessere, Presidente do Sindicato Nacional dos Optometristas; Humberto Verona, presidente do Conselho Federal de Psicologia; José Luiz Gomes do Amaral, da Associação Médica Brasileira; e Cid Célio Jayme Carvalhaes, da Federação Nacional dos Médicos.

Fonte: POL

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Estante dos Sentimentos

Gostaria de compartilhar com todos, a crônica escrita pelo colega Nespiano, Richard Assimos, acadêmico da Ulbra Canoas e Presidente do Centro Acadêmico.

Trata-se de uma reflexão, diria até filosófica, sobre o sentido da vida. Inspirado pela obra "Em busca de sentido" de Viktor Frankl , este texto nos faz pensar em muitas questões de raízes profundas. Afinal, quem ousaria responder a pergunta: Qual o sentido da vida?

Estante dos Sentidos

Qual o sentido da vida?
Que significados atribuímos aos coloridos e aos pretos e brancos do nosso ser?
Que forças soam e nos suportam, fortalecendo nossas resistências diante da vida sem pálpebras?
Penso em dar sentido a vida pelas palavras, vejo-me a olhar os livros na estante e meu desejo de agora é deixá-los falar.
Ouço o Viktor Franfl contando sobre um psicólogo no campo de concentração em busca de um sentido para viver. Disse-me que quem não viveu no campo de concentração não faz a menor idéia da radical insignificância a que reduz o valor da vida, um único dia é do tamanho da vida, mas mesmo assim certo principio de humor constitui uma arma na luta pela autopreservação. O humor cria distância e permite colocar-se acima da situação, por alguns segundos...
A maneira como cada um assume seu destino inevitável e o sofrimento que se lhe impõe, revela mesmo nas mais difíceis situações, uma força inexplicável que ninguém poderia prever!
Fernandinho Pessoa grita lá do canto:
- Mais que um ser no mundo, uma presença no mundo, com o mundo e com os outros.
Wenceslau da Cunha está dizendo por ai que sonho é querer!
Que loucura! Acho que sonho pode ser um...
Um, não; dois gritos da alma!
- Não sei não heim! Foi Clarice Lispector que começou sussurrando, mas logo já alçou a voz: - Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre!
- Tudo depende das circunstâncias, regra que tanto serve para o estilo como para a vida; palavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim é que a natureza compôs as suas espécies! Intromete Machado de Assis na conversa!
Todos nessa hora querem dar palpite, mas agora não há mais tempo, só por enquanto! Meu coração acena para um sono breve, os pensamentos trânquilos caminham pelas paredes a procura do travesseiro!
Sonhos do acordado me esperam além da censura!

sábado, 17 de setembro de 2011

“Primavera da Saúde”

“Primavera da Saúde” defende respeito aos princípios do SUS nas políticas de álcool e outras drogas.

O Conselho Federal, os Conselhos Regionais de Psicologia e outras entidades da área da Saúde convidam todos os psicólogos a participarem da manifestação “Primavera da Saúde”, que ocorrerá em 27 de setembro em Brasília (DF). O objetivo é reivindicar e defender os princípios do Sistema Único de Saúde, a política antimanicomial e os direitos dos usuários do Sistema de Saúde Mental.

A participação do Sistema Conselhos na manifestação visa a defender as contribuições da Psicologia nas políticas de álcool e outras drogas desenvolvidas pelo Governo Federal. As entidades defendem o respeito aos princípios da Reforma Psiquiátrica (Lei nº 10.216/2001) nas políticas da área e aos encaminhamentos da IV Conferência Nacional de Saúde Mental contra o financiamento de comunidades terapêuticas com verbas públicas.

A manifestação terá início às 10 horas da manhã, na frente do Congresso Nacional, e seguirá para o Palácio do Planalto, que será simbolicamente abraçado.

Fonte: CRPRS

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

CFP regulamenta a atuação dos profissionais no Sistema Prisional

Reunião no Instituto Psiquiátrico Forense esclarece sobre aplicação da
Resolução nº 012/2011

A Conselheira Loiva Leite participou na tarde de ontem (14) de reunião com a nova diretoria e o grupo de psicólogos que atuam no Instituto Psiquiátrico Forense. O objetivo da reunião foi esclarecer a aplicação da Resolução nº 012/2011, do Conselho Federal de Psic

ologia, que regulamenta a atuação dos profissionais no Sistema Prisional.

De acordo com as deliberações da reunião, os psicólogos do instituto enviarão periodicamente relatórios de acompanhamento dos internos do IPF ao Poder Judiciário. Segundo a Conselheira Loiva Leite, os documentos não poderão contar com a af
erição de periculosidade, o prognóstico criminológico de reincidência, ou o estabelecimento de nexo causal a partir do binômio delito-delinquente dos internos submetidos à medida de segurança. A deliberação atende às determinações da resolução e valoriza o trabalho da Psicologia no âmbito da saúde e do tratamento penal.

“A aproximação do Conselho com os profissionais que atuam no IPF é fundamental para que a profissão se fortaleça e possa consolidar uma prática em que o respeito à vida e aos direitos humanos sejam norteadores dos fazeres e saberes da Psicologia”, salientou a Conselheira Loiva Leite.

Segue abaixo duas das colocações que mais achei importante na justificativa da RESOLUÇÃO CFP 012/201:

CONSIDERANDO que as questões relativas ao encarceramento devem ser compreendidas em sua complexidade e como um processo que engendra a marginalização e a exclusão social;

CONSIDERANDO que a Psicologia, como Ciência e Profissão, posiciona-se pelo compromisso social da categoria em relação às proposições alternativas à pena privativa de liberdade, além de fortalecer a luta pela garantia de direitos humanos nas instituições em que há privação de liberdade;



Clique aqui e acesse o documento oficial.

Fonte: CRPRS

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Importância da diversidade das mulheres é reforçada em debate on line

Para comemorar o dia da psicóloga e do psicólogo em 2011 foi realizado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), na noite de terça-feira (23), o debate Psicologia Brasileira: Profissão de Muitas e Diferentes Mulheres. O debate foi transmitido via internet no site do CFP e contou com as participações da secretária de Políticas de Ações Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Anhamona Silva de Brito e da psicóloga e militante feminista integrante do Fórum de Mulheres de Pernambuco, Suely de Oliveira. A coordenação do debate foi da conselheira do CFP Marilda Castelar.

A importância de se pensar a diversidade de mulheres que há no Brasil e o respeito à pluralidade deram o tom do debate, que teve início com alguns questionamentos de Anhamona Silva, entre eles “qual é o perfil da mulher psicóloga no Brasil, onde elas estão e quais são as complexidades que enfrentam no exercício da profissão, sejam negras ou brancas”. Segundo Anhamona, a questão do racismo deve ser levada em consideração quando se discute os direitos das mulheres no Brasil. “A maioria da população brasileira é negra e a maioria também é de mulheres. E as mulheres negras estão em situações de vulnerabilidade maior, são mais acometidas por psicopatias”. Mais uma vez, Anhamona questionou qual o perfil da mulher que está nos espaços de tratamento psiquiátricos e que mulheres têm ou não acesso a eles.

A psicóloga Suely de Oliveira trouxe ao debate discussões de alguns capítulos da Pesquisa em que é colaboradora - “A mulher brasileira nos espaços público e privado”. No universo da pesquisa, feita com mulheres e homens acima de 15 anos, Suely destacou temas relacionados à percepção de ser mulher no Brasil, ao machismo , ao uso de preservativo e à violência doméstica e sexual. “Apesar da maioria dos homens admitir que a violência contra a mulher é errada, 57% admitiu que pelo menos uma vez já praticou violência contra alguma namorada ou esposa e 43% que já o fez algumas vezes” , destaca.

Segundo a conselheira Marilda Castelar, o tema gênero já tem sido abarcado com mais entusiasmo pelo Congresso Nacional, mas para que a inserção e a permanência da questão se mantenham é preciso a articulação com instituições de ensino superior, movimentos estudantis e movimentos de mulheres. “O Sistema Conselhos colocou como prioridade a discussão destas políticas”.

Outros

Antes de serem iniciadas as discussões, foi transmitido um vídeo com os vencedores do concurso profissional Democracia e Cidadania Plena das Mulheres e, durante o debate, foi anunciada a inauguração, ainda em agosto, do novo serviço online do Sistema de Cadastro Nacional de Psicólogos e da Ouvidoria no CFP.

O debate estará em breve disponível nesta página (www.pol.org.br) e na página da campanha Psicologia: profissão de muitas e diferentes mulheres (http://mulher.pol.org.br).

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Manifesto do Conselho Federal de Psicologia

Manifesto do Conselho Federal de Psicologia



Temos acompanhado recentemente a prática do envio de crianças e adolescentes de forma compulsória, portanto, involuntária, para instituições de internamento sob a justificativa de ser encaminhadas a um suposto tratamento da dependência de crack. Contudo, não se coloca em pauta algumas questões que são anteriores a esta intervenção, tais como:

Como essas crianças e adolescentes chegaram à condição de morar nas ruas e de dependência de drogas? O direito, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de receber proteção integral com prioridade absoluta foi garantido de fato a estas crianças e adolescentes?

Ora, se o tivesse sido, provavelmente, elas não estariam nesta condição de desfiliação social, pois, tal condição não foi produzida do dia para a noite e sim como resultante de longos anos de submissão a processos variados de exclusão social e de violação de direitos.

Sabe-se que cotidianamente crianças e adolescentes, no Brasil, são vítimas de violência, não têm seus direitos fundamentais concretizados em políticas públicas efetivas e parece que não estão sendo prioridade absoluta na agenda dos municípios, estados e governo federal.

Bem, acionar políticas emergenciais como esta de internar involuntariamente implica em atualizar modelos de intervenção amplamente criticados por profissionais, por pesquisadores na área de ciências humanas e sociais e pelos movimentos sociais, como o da Luta Antimanicomial. Desde a década de 40, no século XX, há denúncias da ineficácia da segregação em asilos e em equipamentos sociais de fechamento que acabavam funcionando como espaços de reclusão da miséria e da produção de estigmas e violência.

O correlato da internação era a tutela dos corpos aprisionados e não o cuidado integral e a garantia de cidadania. Assim, somos contrários a este tipo de ação de encaminhamento de crianças e adolescentes usuários de crack de maneira compulsória às instituições de isolamento sob a rubrica de tratamento.

Afirmamos os princípios de um cuidado em meio aberto, humanizado, com equipes multiprofissionais qualificadas, que tenham condições de trabalho dignas garantidas, no âmbito das políticas de saúde mental e coletiva e da assistência social, que operem por meio dos equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS e CAPS-AD), os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS), os projetos de redução de danos, a escola, o Programa Estratégia Saúde da Família, enfim, uma rede integrada e com investimento econômico adequado irá propiciar a materialidade das políticas de garantia de convivência familiar e comunitária às crianças e adolescentes. Estas práticas deverão funcionar nos territórios de cidadania, atendendo com a devida atenção prevista nas leis de modo concreto não somente a questão de usuários de crack, mas em todas as frentes de atenção básica e especializada, sempre a partir dos princípios da Reforma Psiquiátrica.

Ainda, tendo em vista as notícias veiculadas pela imprensa relativas à possível decisão do governo federal de incluir as chamadas comunidades terapêuticas na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), o Conselho Federal de Psicologia lembra a IV Conferência Nacional de Saúde Mental que decidiu o contrário dessa proposta. E o fez reafirmando que o investimento público deve ser destinado à criação e ampliação da rede de serviços substitutivos e não a lugares e instituições com princípios e formas de atuação contrários à ética que sustenta a prática nos serviços substitutivos: a defesa dos direitos humanos, a liberdade e a inclusão dos usuários no território.


Dê força ao bem e não ao mal e não se torne um navegante da ilusão, pois nós piratas dos bons pensamentos e princípios do bem não seremos indiferentes com ninguém, com ninguém! E não se torne um navegante da ilusão, um pobre hipócrita que vai contra ao bem, um pobre hipócrita !!!

(Mato Seco - Navegantes da Ilusão)


Para ler o Manifesto na íntegra, clique aqui!

E você? Qual sua opnião? Mande seu manifesto!



Fonte: CRPRS

Psicólogo aos 16 anos!

O adolescente mexicano Andrew Almazán Anaya, 16 anos, considerado um menino prodígio por sua precocidade intelectual, se graduará no dia 18 de agosto como psicólogo, enquanto simultaneamente conclui os últimos semestres no curso de Medicina. Almazán, cuja rapidez na formação profissional atraiu a atenção do país, disse que se prepara para continuar com seus estudos nos campos da Neurociência e Neuropsicologia.

Nascido 16 de outubro de 1994 na Cidade do México e entrar aos 12 anos para a Universidade, tornou-se o mais jovem universitário no México e entre os mais jovens do mundo, com a particularidade de ter completado os estudos anteriormente ensino básico obrigatório, médio e superior com excelência acadêmica.

O rapaz cresceu em uma família cristã, toca piano e pratica hóquei no gelo nas horas vagas, é faixa preta em taekwondo e não é fã das redes sociais como Facebook porque prefere "a comunicação direta" com as pessoas. Aos seis anos, o menino já havia lido obras de Shakespeare, enumerava ossos do corpo humano e planetas, e exibia uma "memória prodígio", segundo seu pai, Asdrúbal Almazán, médico cirurgião de profissão.

Aos nove anos, os pais decidiram educar o menino m casa, ao perceberem que na escola as crianças o isolavam e não brincavam com ele, sendo que, logo depois, Andrew foi diagnosticado com transtorno de déficit de atenção. A preocupação pela educação de seu filho levou os pais a fundar uma escola na qual ensinam habilidades especiais a crianças com capacidades intelectuais superiores, aplicando um
método desenvolvido por pai e filho e que ambos batizaram "o ordenamento das inteligências".


Com apenas 12 anos, Andrew Almazán ingressou na universidade e agora está a apenas alguns dias de se tornar o mais jovem psicólogo da Universidade do Vale do México e, daqui a dois anos, no médico mais precoce da América, graduação que atualmente cursa o sétimo se
mestre. Entre suas maiores conquistas figura o Prêmio da Juventude 2009 na categoria de "atividades acadêmicas, científicas e profissionais", um reconhecimento entregue pelo Governo da Cidade do México, quando derrotou centenas de jovens entre 14 e 29 anos.


No futuro, Almazán - que garante que só terá uma namorada quando chegar o momento de se casar -, se vê "com alguma pós-graduação em Psicologia ou
Psicologia da Educação", pesquisando sobre as crianças superdotadas e diabetes, e especializado em Neurologia e Neurociências.

No fundo da sala, em uma das classes do CEDAT, uma menina de 2 anos sentada sobre um banco recita de cor a tabela periódica diante de 20 crianças, após ter nomeado um por um todos os planetas do sistema solar. Quando Almazán a questiona sobre as características de Vênus, a criança responde que o corpo celeste tem cor "verde", mas é corrigida imediatamente por um colega de seis anos que especifica que o planeta, realmente, é "verde azulado".

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vamos ter aquela conversa?

Inspirados pela discussão do último Psicologia e Cultura, em julho de 2011, vamos discutir um pouco sobre Sexualidade e como esta deve ser abordada pelos pais.

O assunto que era proibido, hoje é imperativo, em todos os meios de comunicação. Vários fatos contribuíram para isto: um deles, positivo, foi a criação da pílula anticoncepcional, que desvinculou o sexo da reprodução e permitiu que a mulher começasse a buscar seu prazer, o que antes só era permitido a homens ou mulheres de baixa reputação. O outro fato, infelizmente, foi o surgimento da AIDS, na década de 80. Só a partir da síndrome, foi possível que conceitos fossem revistos e se abrisse a discussão sobre as diferentes orientações sexuais.

A dificuldade de comunicação continua mas os jovens começam sua vida sexual cada dia mais cedo e, ainda desorientados, muitas vezes pela pressão dos pares. Afinal, se até bem pouco tempo, a virgindade era uma virtude, hoje é considerado um peso para muitos adolescentes. As escolas, apesar da existência dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que consideram que a sexualidade deve ser abordada de forma transversal, em todas as disciplinas, têm ainda dificuldade de lidar com esta questão e cumprirem a função de educar para o exercício de uma sexualidade sadia e responsável.

E como a sexualidade deve ser vista? Como um dos aspectos da nossa existência. Implica em responsabilidade e autoria, bem como em respeito ao próximo, em reconhecer limites. É muito difícil para o ser humano lidar com o que é diferente de si. Tenta-se em vão colocar rótulos nos comportamentos, para poder compreendê-los, sem que se tente aceitá-los... Mas não seria esta a primeira função dos pais - e também dos psicoterapeutas e médicos?

A sexualidade perpassa todo o nosso comportamento. Não se limita à genitalidade e nem à prática sexual. É nossa marca no mundo... É um dos componentes da nossa felicidade e saúde, mas não o único.

Nem todos se encaixam na fôrma que o social oferece. E aqueles que não se encaixam, sofrem, se diminuem e desvalorizam. Quando se trata de sexualidade, muitos atentam contra a vida para escapar contra as pressões sociais. Outros se engajam em relações completamente sem significado, só para cumprirem o que a sociedade espera.

Pais também se mostram confusos. Perguntam-se porquê e como irão aceitar as decisões dos filhos, se tiveram tantas vezes que abrir mão dos próprios desejos... De certa forma, repetem as imposições, por não quererem discutir diferentes possibilidades daquelas que enxergaram para si. Neste ponto, a psicoterapia também pode ser muito importante para que pais, em conflitos com os desejos e novos hábitos da juventude, extravasem suas frustrações, tirem suas dúvidas (sim, muitos pais simplesmente não orientam porque desconhecem o que seus filhos já sabem há tempos...). Não raro, vemos pais frustrados, invejando a liberdade dos filhos e que - por isto mesmo - os tentam desencorajar nas suas aventuras e escolhas pela vida...

Por fim, professores - e também profissionais da saúde - muitas vezes recebem a missão de ensinar ou orientar e também tem suas próprias dificuldades, mal resolvidas, dúvidas sem respostas... Cabe a eles procurarem também aprofundarem suas buscas interiores, bem como buscar a informação, que hoje certamente é muito mais acessível do que para os pioneiros do estudo da sexualidade no início do século 20.

A forma com que lidamos com a nossa sexualidade, mesmo não sendo conseqüência ou causa direta do nosso sucesso, se relaciona com a forma com que encaramos a vida como um todo: com medo? Com dúvidas? Arriscando? Sendo responsáveis? Estas questões, quando surgem no consultório, não são - de modo algum - separadas de outras que emergem, como relações familiares ou profissionais. Podem ser a primeira queixa terapêutica ou surgirem ao longo do processo. Mas, é sempre bom lembrar que a sexualidade faz parte do todo, mas não se pode tomar as partes pelo todo...

Fonte: Psicologia e Saúde

Fique atento a próxima discussão do Psicologia e Cultura:

Pai Multifuncional

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Melhorias na biblioteca | SPRGS


Caro sócio da SPRGS, ajude-nos a melhorar a biblioteca.

A Sociedade Psicologia está em processo de modernização e atualização da Biblioteca Athena.

Queremos conhecer mais o usuário da biblioteca e o que você espera dos serviços. Para isso formulamos um questionário rápido.

Acesse este link para responder.

O trabalho de reformulação da biblioteca está sendo desenvolvido por Fernando Pires, Bibliotecário - CRB-10/2096

Contamos com sua ajuda!

Maiores informações, entre em contato com a secretaria da SPRGS pelo o telefone: 33318586

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Maioridade Penal

Vamos pensar um pouco sobre a redução da Maioridade Penal?
Este é um assunto que gera polêmica entre as diferentes categorias profissionais envolvidas. Você está por dentro do que anda acontecendo? Sabe qual é a Maioridade Penal no Brasil nos tempos atuais? Quais são os motivos que leva a Psicologia contra a redução da maioridade? O que acontece hoje dentro das Instituições não se caracteriza como punição penal? Os maus tratos e os regimes não são iguais aos adotados em presídios para adultos?

Leia e reflita!


"Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil".Esta é a definição de personalidade trazida no Art. 1º do Novo Código Civil Brasileiro. Classicamente, define-se a personalidade civil como sendo a capacidade de gozo de direitos, ou seja, a aptidão para ser titular e para gozar de direitos e deveres que toda pessoa natural adquire no momento de seu nascimento com vida.

Entretanto, a capacidade de gozo não se confunde com a capacidade de exercício, sendo esta a tão conhecida capacidade civil plena, qualidade que confere às pessoas naturais que a possuem a plena condição de exercício livre, pleno e pessoal de seus direitos, bem como do cumprimento de seus deveres.

Enquanto a personalidade é característica inerente a toda pessoa natural, a capacidade não, haja vista entendermos serem três os critérios norteadores da sua obtenção, quais sejam: critério bio-psicológico, pelo qual se observa a idade e maturidade psicológica da pessoa, critério psico-patológico puro que leva em conta as condições e as situações psicológicas e patológicas das pessoas e critério objetivo-excepcional que trata das diversas formas de aquisição da capacidade pela via da emancipação.

O Código Civil de Beviláqua, que vigorou com o reconhecido brilhantismo por quase um século, estabelecia como regra geral, em seu Art. 9º, que a capacidade civil plena era obtida ao se completar 21 anos, momento em que o indivíduo ficava habilitado para todos os atos na vida civil. O novel diploma legal civilista, em vigor desde janeiro passado traz, em seu Art. 5º, alteração substancial quanto ao termo aquisitivo da capacidade civil plena, reduzindo-o dos 21 anos completos para os 18 anos completos, momento em que a pessoa fica habilitada para a pratica de todos os atos da vida civil.

Como é a legislação brasileira em relação a outros países?

A legislação brasileira sobre a maioridade penal entende que o menor deve receber tratamento diferenciado daquele aplicado ao adulto. Estabelece que o menor de 18 anos não possui desenvolvimento mental completo para compreender o caráter ilícito de seus atos. Adota o sistema biológico, em que é considerada somente a idade do jovem, independentemente de sua capacidade psíquica. Em países como Estados Unidos e Inglaterra não existe idade mínima para a aplicação de penas. Nesses países são levadas em conta a índole do criminoso, tenha a idade que tiver, e sua consciência a respeito da gravidade do ato que cometeu. Em Portugal e na Argentina, o jovem atinge a maioridade penal aos 16 anos. Na Alemanha, a idade-limite é 14 anos e na Índia, 7 anos.

Quais mudanças são as propostas em relação à maioridade penal?

Discute-se a redução da idade da responsabilidade criminal para o jovem. A maioria fala em 16 anos, mas há quem proponha até 12 anos como idade-limite. Propõe-se também punições mais severas aos infratores, que só poderiam deixar as instituições onde estão internados quando estivessem realmente “ressocializados”. O tempo máximo de permanência de menores infratores em instituições não seria três anos, como determina hoje a legislação, mas até dez anos. Fala-se em reduzir a maioridade penal somente quando o caso envolver crime hediondo e também em imputabilidade penal quando o menor apresentar "idade psicológica" igual ou superior a 18 anos.


Fonte: VEJA
Fonte imagem: Infância Urgente

A falácia da maturidade adolescente

Nessa discussão não se pode deixar de pensar sobre as peculiaridades da fase bio-psicológica vivida pelo jovem. Sabe-se que em muitas sociedades primitivas a transição da infância à idade adulta é brusca, passando pelo rito de iniciação guerreira, pelas marcas de sangue e pelo confinamento na cabana dos adultos até a primeira caçada. Tão logo o infante alcance a puberdade, com a iniciação, mágica e simbólica, tem-se por pronto o adulto.

Informação não significa conhecimento. E conhecimento não é sabedoria. E mesmo esta, não é automaticamente maturidade. Por isso é que pouco importa o grau de informação que recebem nossas crianças e adolescentes, massacrados por Internet, TV e todo tido de mídia. Não nos esqueçamos, ainda, de que o excesso de informação é, na verdade, desinformação. Principalmente pela ausência do espírito crítico indispensável à seleção e processamento.


Rico x Pobre: Uma questão de construtivismo social?

As crianças ricas crescem num mundo onde tudo é possível. Desde que se tenha dinheiro, tudo se pode comprar como, por exemplo: comida, brinquedos, viagens, amigos etc. Todavia, uma das grandes preocupações dos pais dos garotos ricos é com a segurança, e este problema contrasta com o estilo devida que possuem, pois imaginam que a riqueza não os deveria tornar prisioneiros.

Na maioria das grandes cidades latino-americanas, o medo de assaltos e seqüestros enclausura os meninos da classe alta em clubes e mansões equipadas com grades elétricas, alarmes, muralhas, seguranças particulares, entre outros. São aculturados a olhar os "diferentes" como feios, sujos e prestes a tomar-lhes algo de valor. Desde muito jovens, são iniciados ao consumismo: roupas caras, jogos que simulam transações financeiras e até mes
mo brinquedos cibernéticos. São educados numa ideologia de que nada lhes é impossível. Passam boa parte do tempo nos computadores com os quais aprende que as maquinas são mais dignas de confiança de que os próprios seres humanos (GALEANO, 1999).

Em outro pólo dessa realidade social, as crianças pobres perambulam pelas ruas das cidades em que vivem, geralmente fazendo uso de entorpecentes que, em muitos casos, servem para saciar a fome. Se, por um lado, as crianças ricas brincam na Internet com jogos que simulam verdadeiras batalhas com sangue, mortes e projéteis virtuais, por outro lado, as crianças de rua desviam-se dos projéteis verdadeiros, resultado do confronto entre grupos rivais ou mesmo confrontos com o Estado, representado na figura do policial.

Sendo assim, em uma sociedade cujo consumo é colocado ao ponto máximo da satisfação humana, crianças com menos de dez anos de idade realizam expedientes nos esquemas de tráficos de drogas em quase todas as grandes cidades. Pelo trabalho de "olheiros" ou de "aviões", recebem remuneração que supera em muito o salário dos pais, quando estes os têm. Porém, este trabalho exige uma dedicação que faz da "profissão" um caminho quase sem volta: ao tornarem-se adolescentes, essas crianças tendem a ascender dentro do esquema criminoso, buscando, com isso, status e realização pessoal, já que a economia criminosa as colocam em condições de consumistas.

A letra da música Soldado do morro do rapper MV Bill, exibida no documentário "Falcão – meninos do tráfico", reflete a realidade dos jovens que enxergam, no tráfico de drogas e na criminalidade, a única alternativa de inclusão no mundo do consumo e da ostentação material:

... Qualquer roupa agora eu posso comprar. Tem um monte de cachorra querendo me dar. De olho grande no dinheiro esquecem do perigo. A moda por aqui é ser mulher de bandido......

...Minha mina de fé tá em casa com o meu menor. Agora posso dar do bom e melhor. Várias vezes me senti menos homem. Desempregado meu moleque com fome. É muito fácil vir aqui me criticar. A sociedade me criou agora manda me matar. Me condenar e morrer na prisão virar notícia de televisão. Seria diferente se eu fosse mauricinho criado a sustagem e leite ninho. Colégio particular depois faculdade. Não, não é essa minha realidade. Sou caboquinho comum com sangue no olho com ódio na veia soldado do morro. Feio e esperto com uma cara de mal. A sociedade me criou mais um marginal. Eu tenho uma nove e uma hk com ódio na veia pronto para atirar.


Afinal, qual a punição destinada ao adolescente? Ela está adequada?

A Constituição Federal (art. 228) e as leis infraconstitucionais, como por exemplo o Código Penal (art. 27), o Estatuto da Cri
ança e do Adolescente (art. 104) dizem que sim, ou seja, que a maioridade penal começa aos 18 anos, contudo o que acontece na prática é bem diferente, pois as medidas sócio-educativas aplicadas aos menores (adolescentes de 12 a 18 anos de idade) são verdadeiras penas, iguais as que são aplicadas aos adultos, logo é forçoso
concluir que a maioridade penal, no Brasil, começa aos 12 anos de idade.

Vale lembrar, nesse particular, que a internação em estabelecimento educacional, a inserção em regime de semiliberdade, a liberdade assistida e a prestação de serviços à comunidade, algumas das medidas previstas no Estatuto da Criança e do adolescente (art. 112), são iguais ou muito semelhantes àquelas previstas no Código Penal para os adultos que são: prisão, igual à internação do menor; regime semi-aberto, semelhante à inserção do menor em regime de semiliberdade; prisão albergue ou domiciliar, semelhante a liberdade assistida aplicada ao menor; prestação de serviços à comunidade, exatamente igual para menores e adultos.
É verdade que ao criar as medidas sócio-educativas, o legislador tentou dar um tratamento diferenciado aos menores, reconhecendo neles a condição peculiar de pessoas em desenvolvimento. Nessa linha, as medidas deveriam ser aplicadas para recuperar e reintegrar o jovem à comunidade, o que lamentavelmente não ocorre, pois ao serem executadas transformam-se em verdadeiras penas, completamente inócuas, ineficazes, gerando a impunidade, tão reclamada e combatida por todos.

No processo de sua execução, esta é a verdade, as medidas transformam-se em castigos, revoltam os menores, os maiores, a sociedade, não recuperam ninguém, a exemplo do que ocorre no sistema penitenciário adotado para os adultos.

A questão, portanto, não é reduzir a maioridade penal, que na prática já foi reduzida, mas discutir o processo de execução das medidas aplicadas aos menores, que é completamente falho, corrigi-lo, pô-lo em funcionamento e, além disso, aperfeiçoá-lo, buscando assim a recuperação de jovens que se envolvem em crimes, evitando-se, de outro lado, com esse atual processo de execução, semelhante ao adotado para o maior, que é reconhecidamente falido, corrompê-los ainda mais.
O Estado, Poder Público, Família e Sociedade, que têm por obrigação garantir os direitos fundamentais da criança e do adolescente (menores), não podem, para cobrir suas falhas e faltas, que são gritantes e vergonhosas, exigir que a maioridade penal seja reduzida.

Fonte: Ministério Público RS

Clique aqui e conheças as 10 razões da Psicologia contra a redução da maioridade penal.

Qual sua opniao sobre a punição de menores infratores? Envie para nesp@sprgs.org.br e contribua com esta discussão!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

OSM – Observatório de Saúde Mental e Direitos Humanos

Vamos falar um pouco sobre o Movimento Antimanicomial?

Quem nunca ouviu a respeito de internação em Manicômio? Mais do que ouvir, gostaria de refletir um pouco sobre este assunto tão delicado para a Psicologia contemporânea.
Tive uma experiência muito breve e em pouco tempo, pouquíssimo tempo, pude acompanhar o tratamento dentro deste sistema.
Gostaria de deixar claro que não estamos aqui para apoiar nenhuma das partes envolvidas, vamos apenas refletir!

Você conhece o Observatório de Saúde Mental e Direitos Humanos?


É uma instituição da Rede Internúcleos de Luta Antimanicomial, tem como prerrogativa acompanhar a implantação da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial e denunciar violações aos Direitos Humanos dos usuários dos serviços de saúde mental. É um espaço para cobranças pelo respeito e a inserção dos usuários na sociedade e fortalecimento.

As reivindicações do movimento antimanicomial, nascido no Brasil em 1987, provocaram grandes transformações na concepção do atendimento às pessoas com transtorno mental e criaram bases para a Reforma Psiquiátrica, que busca substituir o tratamento baseado no modelo hospitalocêntrico por centros que trabalhem o cuidado a essas pessoas de forma intersetorial – Educação, Justiça, Cultura entre outros – garantindo sua efetiva participação na vida social.


De acordo com o Presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona, que concedeu uma entrevista para a Rádio Nacional sobre o tratamento dos usuários da Saúde Mental nos hospitais psiquiátricos.Para ele, o Centro de Atenção Psicosocial, (CAPs), Centro de Convivências e Serviços Residenciais Terapêuticos são alternativas que podem substituir os manicômicos.

“O manicômio tem a marca da exclusão. São hoje em torno de 35 mil leitos em hospitais psiquiátricos com uma população de cerca de 20 mil pessoas
morando em hospitais psiquiátricos que mantém essas pessoas isoladas no mundo, sem possibilidade de viver sua vida como cidadão circulando, estudando. A proposta é ter uma sociedade sem manicômios”, revelou.
“É uma conquista da sociedade. Estamos na semana de relembrar essas consquistas”, alertou Verona ao falar da luta dos profissionais, familiares e usuários da saúde mental na conquista da lei da Reforma Psiquiátrica no Brasil.


Dentre os diversos movimentos sociais existentes no Brasil, o Movimento Nacional da Luta Antimanicomial tem se configurado como um forte ator social na luta pela garantia e defesa dos direitos humanos no Brasil, mais especificamente, dos direitos das pessoas com transtornos mentais. Este Movimento tem congregado trabalhadores da saúde, profissionais das áreas de ciências humanas e sociais, familiares e usuários dos serviços de saúde mental. Assim, são profissionais das diversas áreas envolvidas no trabalho cotidiano dos hospitais psiquiátricos: a Psicologia, a Psiquiatria, a Enfermagem, a Saúde Pública e o Serviço Social. Ademais, profissionais das Ciências Sociais e do Direito também passaram a integrar a luta por um país sem manicômios.

O Manicômio se configura como uma instituição total , e, desde a sua criação revelou-se como um espaço de violência e arbitrariedade sobre as pessoas que acolhia. A estrutura manicomial se apresenta como desumana e ineficiente por seus resultados desastrosos, constituindo-se um lugar de sofrimento e dor, onde os pacientes, sem direito à defesa, são submetidos a maus tratos, privação de sua liberdade, de seu direito à cidadania e à participação social.

É válido salientar que, durante a década de 1960, tal instituição passou a ser utilizada por grupos econômicos como instrumento de “fabricação da loucura”, interessados muito mais em fomentar a cronificação para manter uma clientela do que oferecer tratamento a esses paciente.

A partir da década de 1970, iniciou-se no Brasil,
primeiramente, através dos/as profissionais que atuavam na área da assistência psiquiátrica, uma série de questionamentos sobre o sistema psiquiátrico. Tais questionamentos se transformaram numa articulação em rede que envolveu usuários/as do serviço e seus familiares; setores da sociedade civil organizada e a sociedade em geral, se configurando como um verdadeiro movimento social.
Nessa seara, cabe assinalar a organização, na década de 70, do Movimento Nacional dos Trabalhadores de Saúde Mental, formado por associações profissionais. O Sindicato dos Psicólogos, o Sindicato dos Enfermeiros e o Sindicato dos Assistentes Sociais criam tal Movimento
reivindicando melhores condições de trabalho nos manicômios, a ampliação do quadro de funcionários e o aumento dos investimentos do setor público na área da saúde mental.

Já em 1986, paralelamente à realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, aconteceu uma plenária nacional dos trabalhadores em saúde mental, momento em que aquele Movimento Nacional, enfim, foi fundado. E, em julho de 1987, após a realização da I Conferência Nacional de Saúde Mental, um grupo de profissionais de vários Estados brasileiros, decepcionado com o
fracasso dos esforços realizados para transformar o modelo da assistência à saúde mental oferecida no país, investiu na realização do II Congresso Nacional dos Trabalhadores de Saúde Mental, como necessidade de construir um movimento social.

É neste evento, realizado em Bauru-SP, que nasce o Movimento Nacional da Luta Antimanicomial, com o lema “Por uma sociedade sem Manicômios”, que exigia que os hospícios fossem substituídos por outras formas de tratamento, capazes de garantir a dignidade e a liberdade dos usuários dos serviços de saúde mental, com base nos seus direitos.
Ao denunciar as precárias condições de atendimento e as péssimas condições sanitárias encontradas nos manicômios, o Movimento Antimanicomial luta pela implementação de instituições abertas, que tenham no seu bojo o respeito aos direitos daqueles usuários. Os profissionais atuantes nessa área propuseram o fechamento dessas estruturas e a divulgação de novos referenciais terapêuticos.


E você? Qual a sua opniao sobre isto? Caso queira contribuir com a discussão envie para nesp@sprgs.org.br seu ponto de vista que postaremos no blog!

Psicologia no esporte é uma preocupação do COB para os Jogos

Para Marcus Vinícius, do Comitê Olímpico Brasileiro, as confederações precisam abraçar a ideia de um trabalho multidisciplinar com os atletas.

Estimular cada vez mais o uso da psicologia no esporte na preparação dos atletas brasileiros. Este é o principal objetivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para os próximos Jogos Olímpicos, em Londres, no ano que vem, e no Rio de Janeiro, em 2016. Hoje, a preparação de um atleta de alto rendimento exige o amparo de uma equipe multidisciplinar, e a psicologia do esporte é uma dessas ferramentas para a performance de um campeão.

Esse tema foi debatido nesta quarta-feira, no "Redação SporTV", que teve a apresentação de Rogério Corrêa e contou na bancada com o superintendente executivo do COB, Marcus Vinícius Freire.
Para o dirigente, o caminho do desenvolvimento dos atletas e da profissionalização do esporte no Brasil passa pelo o emprego das Ciências do Esporte na preparação das equipes.

- Nós temos essa preocupação há um tempo. É difícil é fazer uma média dos psicólogos no Brasil. Tentei em 2000 (Sidney), levei o Shinyashiki, como o cara de motivação, que é um psiquiatra e especialista em motivação. Em 2004 (Atenas), fomos para Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte e convidei o presidente da Associação. Em 2008 (Pequim), fizemos diferente. Em cada modalidade, tentamos levar alguns. No caso da ginástica, principalmente, com os mais jovens. No vôle feminino, dizem que a psicologia foi preponderante na mudança da cor da medalha, que já deveria ter acontecido em 2004, naquela semifinal com a Rússia, e acabou virando ouro, em Pequim. Temos essa preocupação, sim. A nossa preocupação é que as confederações comece
m a apostar nisso, pois não é uma ação lá nos Jogos. Tem que ter uma cabeça feita - explicou.



Assista a matéria na íntegra, clique aqui!

Fonte: SPORTV

terça-feira, 26 de julho de 2011

Escola da Inteligência

Boa tarde,

Recebi de uma colega hoje um link sobre a Escola de Inteligência de Augusto Cury. Não conhecia, por isso vou compartilhar com todos!

O Programa Escola ds Inteligência é fundamentado na teoria da Inteligência Multifocal de Augusto Cury, que investiga grandes processos da psique ou mente humana: a construção de pensamentos, a formação da consciência e dos alicerces do “eu”, além dos papéis da memória.

É embasado também em uma série de teorias como Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, a Psicanálise de Sigmund Freud, a Cognitivista Construtivista de Jean Piaget, a Sócio-Cognitivista de Vigotsky entre outras, bem como está alicerçada no
pensamento filosófico de Sócrates, Platão, Agostinho, Rousseau, Voltaire, Kant, Hegel, e outros grandes filósofos.

A Teoria da Inteligência Multifocal é uma teoria filosófica e psicológica que tem sido estudada como pós-graduação em alguns países, assim como tem sido utilizada como bibliografia em teses acadêmicas. Como teoria filosófica, estuda o processo de interpretação, estimulando a arte da crítica e da dúvida e, como teoria psicológica, investiga o funcionamento da mente e a construção da inteligência.



Acesse e confira!


Fonte: Escola da Inteligência

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Preparo psicológico para a adoção

O Primeiro-Ministro Vladimir Putin declarou que casais que desejem adotar crianças russas devem se submeter a um treinamento especial em questões básicas de pedagogia, psicologia e primeiros socorros. Putin enfatizou que um treinamento de alta qualidade deva ser obrigatório para pais adotivos, acrescentando que a exigência dos cursos seria tanto para casais russos como para estrangeiros. Além disso, segundo o primeiro-ministro, as autoridades regionais devem cobrir os custos decorrentes do processo de adoção por casais russos.

Rússia e Estados Unidos acabam de assinar um acordo de adoção que estipula o teste psicológico para pais adotivos e exige que se usem no processo somente agências de adoção credenciadas.

A Rússia é uma das maiores fontes de adoções estrangeiras para as famílias norte-americanas. As últimas estatísticas oficiais mostram que cerca de 60 mil crianças nascidas na Rússia foram adotadas por famílias dos Estados Unidos desde que as adoções começaram há mais de 15 anos.


ISSO ACONTECE NO BRASIL?

Novas Regras de Adoção no Brasil:

Abrigos

  • Fixa prazo de até dois anos para destituição judicial do poder familiar em casos de violência ou abandono, o que acelera a colocação da criança para adoção.

  • Limita o tempo de permanência das crianças nos abrigos em no máximo dois anos e, preferencialmente, em endereço próximo ao da família.

  • Determina que a cada seis meses a permanência da criança no abrigo seja reavaliada e que a possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta seja decidida o mais rápido possível.

  • Permite que entidades que tenham programa de acolhimento possam receber crianças e adolescentes sem a prévia determinação da autoridade competente, com a obrigação de comunicar o fato em até 24 horas para o juiz da Infância e da Juventude.

Vínculos

  • Prioriza o direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e amplia a noção de família para parentes próximos com os quais convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

  • Obriga que os irmãos não sejam separados.

  • Exige a preparação prévia dos pais adotivos.

  • Determina que o menor seja ouvido pela Justiça após ser entregue aos cuidados de família substituta.

  • Prevê que crianças indígenas e quilombolas sejam adotadas dentro de suas próprias comunidades.

  • Prioriza a adoção nacional e estabelece que a adoção internacional só será possível em última hipótese.

Assitência

  • Determina que gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para a adoção receberão amparo da Justiça para evitar riscos à gravidez e abandono de crianças em espaços públicos.

  • Prevê a criação de cadastros nacional e estaduais de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção e de um cadastro de pessoas residentes fora do país interessados em adotar.

  • Impede a punição por adoção informal, ou seja, sem a intermediação das autoridades.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pinturas de Dalí podem ajudar a 'prever' surto de esquizofrênicos

Boa tarde,

Para complementar a reflexão de ontem, sobre a importância de investigarmos novas técnicas, gostaria de compartilhar com vocês leitores mais esta notícia! Trata-se de um estudo realizado pela USP sobre o uso das pinturas de Dalí no diagnóstico precoce de esquizofrenia.

Leia:

Estudo com portadores de esquizofrenia, divulgado pela Revista de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), indica que pinturas do espanhol Salvador Dalí (1904-1989) podem servir de ferramenta para avaliar alterações na percepção de formas e tamanhos, comuns quando o doente está prestes a entrar em surto.

A avaliação pode ajudar o médico a fazer um diagnóstico precoce e, as
sim, evitar as crises. ?O surto traz muitos prejuízos para o doente, explica Maria Lúcia de Bus
tamante Simas, autora do trabalho ao lado de cinco pesquisadores das Universidades Federais de Pernambuco e Paraíba.

Foram feitos dois estudos, comparando grupo de doentes com outro de pessoas saudáveis.

Os portadores de esquizofrenia percebiam as figuras das pinturas de Dalí em tamanho 1,5 a 3 vezes maior antes de entrar em surto. No segundo estudo, com pacientes depressivos, não foram detectadas alterações na percepção de tamanho.

Questionada sobre o porquê da utilização de pinturas de Salvador Dalí, Maria Lúcia explica que seus quadros não têm perspectiva linear. Além disso, há muitos indícios na literatura de que o pintor tinha psicose. O comportamento e a escrita dele apontam para isso.

No Brasil, existem cerca de 1,8 milhão de esquizofrênicos. A cada a
no, cerca de 50 mil manifestam a doença pela primeira vez. Ela atinge em igual proporção pessoas de ambos os sexos, mas, em geral, começa mais cedo no homem, por volta dos 20 a 25 anos de idade - na mulher, dos 25 aos 30.

Os esquizofrênicos sofrem com apatia, delírios e alucinações, sendo as auditivas mais comuns. Também têm alterações do pensamento: as ideias podem ficar confusas, desorganizadas ou desconexas, tornando o discurso do paciente difícil de compreender. As informações são do jornal


Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Psicólogos devem estar ao serviço da sociedade...

Boa noite,

Gostaria de compartilhar com vocês leitores esta notícia que li no site guia da Angola. Vamos refletir sobre esta importante área da Psicologia, a produção científica.
Não há dúvidas de que a produção de conhecimento atual está diretamente ligada ao aprendizado das teorias fundadoras desta ciência.
Mas...neste momento estou me perguntando, será que nós futuros psicólogos estamos sendo preparados para nos transformarmos em pensadores ou estamos apenas sendo preparados para por em prática a teoria já existente? Seria esta a melhor maneira de ajudar a sociedade? Tentando enquadrar os conflitos sociais atuais em teorias baseadas em pensadores de séculos passados?

Vamos pensar mais sobre isto!

Psicólogos devem estar ao serviço da sociedade

Huambo - O coordenador científico do curso de pós-graduação, José Carlos Caldes, defendeu nesta segunda-feira, no Huambo, a necessidade dos psicólogos desenvolverem novos conhecimentos, pensamentos e emoções humanas, com vista a satisfazerem as exigências da sociedade actual.

Discursando na cerimónia de abertura do referido curso de pós-graduação na área de psicologia clínica e de saúde, conducente ao mestrado na mesma especialidade, o docente universitário realçou que o psicólogo deve estar ao serviço da sociedade, aplicando
seus conhecimento para a resolução de problemas sociais que afectam a população.

Segundo o responsável, na sociedade actual tais especialistas (psicólogos) tem o papel essencial de aplicar os seus conhecimentos na avaliação e
resolução dos problemas importantes que surgem ao nível das pessoas, no trabalho, na família, na escola e de uma forma geral, na própria sociedade.

"O psicólogo tipicamente realiza várias actividades humanas, sendo nos hospitais gerais para doenças mentais, clínicas, consultórios privados, escolas, empresas, desportos, entre outros. Por isso é importante que o mesmo efectue investigações científicas", advogou.

Para José Carlos Caldes, a psicologia é uma ciência que se dedica a investigar, estudar, diagnosticar e intervir na psicoterapia e consultas psicológicas que ajudam a explicar e resolver diferentes tipos de problemas humanos.

Com duração de dois anos, o referido curso de pós-graduação, o primeiro que a CESPU-Formação Angola e a CESPU-Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário ministram no Huambo, conta com a participação de 69 estudantes.

Em Angola esta é a segunda acção formativa que estas duas instituições privadas ministram, sendo que a primeira ocorreu em Benguela.


Foto: Mulheres Angolanas vestidas de Costume étnico tradicional. (Sérgio Guerra/Olhares)

domingo, 10 de julho de 2011

Transplante de pele...

Você sabia que, apenas no RS, anualmente 1.400 crianças com até 14 anos sofrem algum tipo de queimadura com graves sequelas?

Você sabia que entre crianças de 1 a 4 anos as queimaduras são a segunda maior causa de morte no Brasil?

Sabia que, ao contrário da doação de órgãos (que exige morte encefálica), qualquer pessoa pode doar pele?

E que a camada retirada é tão superficial que nem sequer "irrita" a pele? Olhe nas fotos do link abaixo...

Estou enviando este e-mail porque, por mais incrível que pareça, quase ninguém doa pele no Brasil! Existe uma demanda gigantesca por curativos feitos com pele doada, mas só há 01 (um) banco de pele (Santa Casa - Porto Alegre) funcionando no Brasil inteiro!!! Na maioria dos casos de queimaduras graves, o enxerto de pele é a única esperança e as pessoas morrem "simplesmente" pela nossa ignorância...

AVISE SEUS CONHECIDOS! Pouquíssimas pessoas tem o PRIVILÉGIO de doar seus órgãos porque é necessária a morte encefálica - que é bastante rara.
Mas qualquer pessoa pode doar pele e córneas. Lembre-se que você ou alguém que você ama poderão precisar de um transplante um dia...

A página abaixo pretende divulgar esta triste realidade a fim de mudá-la, ajude-nos!

Onde as crianças do mundo dormem?

Boa tarde pessoal!

Segue o belo trabalho do fotógrafo James Mollison . Salta aos olhos as diferenças, que apontam para uma dimensão crucial de qualquer realidade: a cultura onde se vive. Parece que aí está a gestação do futuro, seja lá para onde ele for.

James Mollison viajou ao redor do mundo e decidiu criar uma série
de fotografias mostrando os quartos infantis que foi enfim compilada em um livro, intitulado Onde as criança dormem. Cada par de fotografias é acompanhada por uma legenda estendida que conta a história da criança. As diferenças entre cada espaço do sono é impressionante.

Mollison nasceu no Quênia em 1973 e cresceu na Inglaterra. Depois de estudar arte e design na Universidade de Oxford Brookes, e cinema e fotografia em Newport School of Art and Design, ele se mudou para a Itália para trabalhar no laboratório criativo da fábrica da Benetton.

O projeto tornou-se uma referência de pensamento crítico sobre a pobreza e a riqueza, sobre a relação das crianças com as suas posses -ou a falta delas-. O fotógrafo espera que seu trabalho ajude outras crianças a pensar sobre a desigualdade no mundo, para que, talvez, no futuro eles pensem como agir para diminuir esta diferença.


Lamine, 12 anos, vive no Senegal. As camas são básicas, apoiadas por alguns tijolos. Aos seis anos, todas as manhãs, os meninos começam a trabalhar na fazenda-escola onde aprendem a escavação, a colheita do milho e lavrar os campos com burros. Na parte da tarde, eles estudam o Alcorão. Em seu tempo livre, Lamine gosta de jogar futebol com seus amigos



Tzvika, nove anos, vive em um bloco de apartamentos em Beitar Illit, um assentamento israelense na Cisjordânia. É um condomínio fechado de 36.000 Haredi. Televisões e jornais são proibidos de assentamento. A família média tem nove filhos, mas Tzvika tem apenas uma irmã e dois irmãos, com quem divide seu quarto. Ele é levado de carro para a escola onde o esporte é banido do currículo. Tzvika vai à biblioteca todos os dias e gosta de ler as escrituras sagradas. Ele também gosta de brincar com jogos religiosos em seu computador. Ele quer se tornar um rabino, e sua comida favorita é bife e batatas fritas.


Jamie, nove anos, vive com seus pais e irmão gêmeo e sua irmã em um apartamento na quinta Avenida em Nova Iorque. Jamie frequenta uma escola de prestígio e é um bom aluno. Em seu tempo livre, ele faz aulas de judô e natação. Quando crescer, quer se tornar um advogado como seu pai.


Indira, sete anos, vive com seus pais, irmão e irmã, perto de Kathmandu, no Nepal. Sua casa tem apenas um quarto, com uma cama e um colchão. Na hora de dormir, as crianças compartilham o colchão no chão. Indira trabalha na pedreira de granito local desde os três anos. A família é muito pobre para que todos tenham que trabalhar. Há 150 crianças que trabalham na pedreira. Indira trabalha seis horas por dia além de ajudar a mãe nos afazeres domésticos. Ela também freqüenta a escola, a 30 minutos a pé. Sua comida preferida é macarrão. Ela gostaria de ser bailarina quando crescer.


Kaya, quatro anos, mora com os pais em um pequeno apartamento em Tóquio, Japão. Seu quarto é forrado do chão ao teto com roupas e bonecas. A mãe de Kaya faz todos os seus vestidos e gostos -Kaya tem 30 vestidos e casacos, 30 pares de sapatos, perucas e um sem contar de brinquedos. Quando vai à escola fica chateada por ter que usar uniforme escolar. Suas comidas favoritas são a carne, batata, morango e pêssego. Ela quer ser cartunista quando crescer.


Douha, 10, mora com os pais e 11 irmãos em um campo de refugiados palestinos em Hebron, na Cisjordânia. Ela divide um quarto com outras cinco irmãs. Douha freqüenta uma escola, a 10 minutos a pé, e quer ser pediatra. Seu irmão, Mohammed, matou 23 civis em um ataque suicida contra os israelenses em 1996. Posteriormente, os militares israelenses destruíram a casa da família. Douha tem um cartaz de Maomé em sua parede.


Jasmine (Jazzy), quatro anos, vive em uma grande casa no Kentucky, EUA, com seus pais e três irmãos. Sua casa é na zona rural, rodeada por campos agrícolas. Seu quarto é cheio de coroas e faixas que ela ganhou em concursos de beleza. A garota já participou de mais de 100 competições. Seu tempo livre é todo ocupado com os ensaios. Jazzy gostaria de ser uma estrela do rock quando crescer.


A casa para este garoto e sua família é um colchão em um campo nos arredores de Roma, Itália. A família veio da Romênia de ônibus, depois de pedir dinheiro para pagar as passagens. Quando chegaram em Roma, acamparam em terras particulares, mas foram expulsos pela polícia. Eles não têm documentos de identidade, de forma que não conseguem um trabalho legal. Os pais do garoto limpam pára-brisas de carros nos semáforos. Ninguém de sua família foi um dia para a escola.



Dong, nove anos, vive na província de Yunnan, no sudoeste da China, com seus pais, irmã e avó. Ele divide um quarto com a irmã e os pais. A família tem uma propriedade que permite cultivar quantidade suficiente de seu próprio arroz e cana de açúcar. A escola de Dong fica a 20 minutos a pé. Ele gosta de escrever e cantar. Na maioria das noites, ele passa uma hora fazendo o seu dever de casa e uma hora assistindo televisão. Dong gostaria de ser policial.


Roathy, oito anos, vive nos arredores de Phnom Penh, Camboja. Sua casa fica em um depósito de lixo enorme. O colchão de Roathy é feito de pneus velhos. Cinco mil pessoas vivem e trabalham ali. Desde os seis anos, todas as manhãs, Roathy e centenas de outras crianças recebem um banho em um centro de caridade local, antes de começar a trabalhar, lutando por latas e garrafas de plástico, que são vendidos para uma empresa de reciclagem. Um pequeno lanche é muitas vezes a única refeição do dia.


Thais, 11, mora com os pais e a irmã no terceiro andar de um bloco de apartamentos no Rio de Janeiro, Brasil. Ela divide um quarto com a irmã. Vivem nas vizinhanças da Cidade de Deus, que costumava ser conhecida por sua rivalidade de gangues e uso de drogas. Thais é fã de Felipe Dylon, um cantor pop, e tem pôsteres dele em sua parede. Ela gostaria de ser modelo.


Nantio, 15, é membro da tribo Rendille no norte do Quênia. Ela tem dois irmãos e duas irmãs. Sua casa é uma pequena barraca feita de plástico. Há um fogo no centro, em torno do qual a família dorme. As tarefas de Nantio incluem cuidar de caprinos, cortar lenha e carregar água. Ela foi até a escola da aldeia por alguns anos, mas decidiu não continuar. Nantio está esperando o seu moran (guerreiro) para casar. Ela só tem um namorado no momento, mas não é incomum para uma mulher Rendille ter vários namorados antes do casamento.


Joey, 11, mora em Kentucky, EUA, com seus pais e irmã mais velha. Ele acompanha regularmente o seu pai em caçadas. Ele é dono de duas espingardas e uma besta, e fez sua primeira vítima -um cervo- quando tinha sete anos. Ele está esperando para usar sua besta durante a temporada de caça seguinte. Ele ama a vida ao ar livre e espera poder continuar a caçar na idade adulta. Sua família sempre come carne de caça. Joey não concorda que um animal deve ser morto só por esporte. Quando não está caçando, Joey freqüenta a escola e gosta de ver televisão com o seu lagarto de estimação, Lily.

Fonte: Centro Acadêmico ULBRA Canoas - SINAPSI