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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Corpos que vibram...Clínica Ampliada!

O último Psicologia em Construção, evento mensal do NESP (Núcleo de estudantes da Sociedade de Psicologia), aconteceu no dia 6 de novembro, às 10 horas, na sede da SPRGS. No encontro ocorreu a apresentação de uma "Esquete Teatral" realizada pelo alunos de Psicologia da UNIVATES de Lajeado, sobre clínica ampliada.

Coordenação: Lisiane Cardarelli - acadêmica de Psicologia do IPA e secretária do NESP.

Confira o resumo do trabalho:

Título: CORPOS QUE VIBRAM

Autoras: Adriana Rossetto Dallanora, Afonso Wenneker Roveda, Carine Aparecida Bernhard, Cláudia Zagonel Bender, Cristina Pretto, Graziela Schena - acadêmicos de Psicologia da UNIVATES.

Orientadora: Débora de Moraes Coelho - psicóloga e psicoterapeuta, mestre em Psicologia Institucional pela UFRGS, professora da UNIVATES e da ESADE.

Esta intervenção busca afectar o corpo, entendido como pluralidade de almas (Nietzsche, 1998).
Olhar. Escutar. Tocar. Sentir o gosto, o cheiro. Confundir os sentidos. Violentá-los, invadi-los, inundá-los, buscando a comunicação com o inconsciente através das experiências com os cinco sentidos. Um bater de asas. Um afago no pêlo macio. Gosto de anis. Um sorriso. Uma lágrima. Café. Flores. Experiências cotidianas, muitas vezes despercebidas, mas que permanecem guardadas em algum lugar do nosso aparelho psíquico



Lembranças. Aquelas que serão aguçadas com os encontros de uma profusão de imagens, sons, cheiros, gostos e experiências sinestésicas que se encontram num mix de afecções que convidam o inconsciente para conversar.
Colocar todo o corpo em movimento, permitindo que o olho possa atravessar a barreira do visível e se conectar com a invisibilidade da conversa entre os inconscientes.
Para isso construímos uma intervenção que busca desassossegar os corpos obedientes e colocá-los em crise. Tal efeito é desejado para que os espectadores se inquietem e questionem sobre as formas de realizar as práticas em uma Clínica Ampliada.
A apresentação busca estimular os cinco sentidos, colocando os sujeitos presentes na posição de "terceiro", de um inconsciente e consciente que se agitam e se misturam, sozinho, em grupo, provocaremos aos participantes pensar no valor de uma experimentação do próprio inconsciente enquanto estudantes e das multiplicidades que ele pode trazer pra clínica (ampliada), dando boas vindas ao inesperado, aquilo que é sempre possível dentro do campo.
Pensamos nesta analogia entre arte e clínica, como uma forma inventiva, criativa e de transformação de todos os sujeitos envolvidos no processo. Uma vez que a arte intensifica a vida, lhe dá novos sentidos, possibilita o encontro entre inconscientes. A comunicação seja pela palavra, pelo corpo ou pelo silêncio é de suma importância na relação analítica. Aquilo que comunica pode estar além do que foi ou será dito.

NIETZSCHE, F. Genealogia da moral: uma polêmica. São Paulo: Companhia das letras, 1998
Visite o site da Sociedade de Psicologia http://sprgs.org.br/

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